O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, disse, em entrevista exclusiva ao JR Entrevista, nesta sexta-feira (5), que a corporação enviou investigadores à Suíça para atestar o real valor das joias presenteadas pelo governo da Arábia Saudita ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e que foram apreendidas pela Receita Federal no Aeroporto de Guarulhos. Os itens de luxo, da marca suíça Chopard, foram estimados em R$ 16,5 milhões. “A nossa investigação está na fase de perícias. Nossa equipe está na Suíça para fazer contato com a origem das joias, para que a gente tenha um laudo técnico atestando que são aquelas pedras e a valoração delas, e com isso permitir a conclusão do inquérito policial a partir dos depoimentos que vamos colher”, afirmou Rodrigues. • Compartilhe esta notícia no WhatsApp • Compartilhe esta notícia no Telegram As pedrarias foram dadas pelo governo saudita em 2021. O ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque as recebeu durante viagem oficial ao país do Oriente Médio, para a qual Bolsonaro foi convidado, mas enviou o ex-ministro no lugar dele. No retorno para o Brasil, as joias foram identificadas dentro da bagagem de um assessor de Albuquerque. Entre os itens de luxo, estão escultura de um cavalo de aproximadamente 30 centímetros, colar, anel, relógio e um par de brincos de diamante. À época da apreensão das joias, Albuquerque chegou a dizer aos servidores da Receita que elas seriam um presente para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Fraudes em cartão de vacina Ao JR Entrevista, o diretor-geral da PF disse, ainda, que suspeita que Bolsonaro tinha conhecimento da atuação de um grupo que teria fraudado informações de certificados de vacinação contra a Covid-19. Nesta semana, o ex-presidente foi alvo de um mandado de busca e apreensão e teve o celular recolhido após a Polícia Federal identificar que o cartão de vacina dele foi adulterado para constar o registro de imunização contra a doença. Bolsonaro garante que não cometeu irregularidades e que nunca se vacinou contra a Covid-19. Quem teria inserido a informação no documento de vacinação do ex-presidente foi o tenente-coronel Mauro Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens dele. “O papel dele [Mauro Cid] era o de ajudar o seu chefe, prover seu chefe das necessidades que tinha na sua rotina. Nesse caso, temos um histórico da relação entre o subordinado e o chefe, o que aponta que não é crível que a autoridade superior não tenha conhecimento da atuação dele”, destacou Rodrigues. “Houve fraude do cartão de vacina não só do ex-presidente, mas da filha dele também. Portanto, não é razoável supor que o dado não era de conhecimento do ex-presidente”, completou o diretor-geral da PF.
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